O começo de temporada do Flamengo está longe dos melhores sonhos. Muita fofoca fora de campo, muita politicagem nos gabinetes, poucas apresentações convincentes. O time ainda briga pelos dois títulos do semestre – e isso é o mais importante – mas a verdade é que as atuações ainda não empolgaram.
Neste momento de marasmo e mediocridade, no entanto, um jogador consegue destaque. Eu diria que é o único nesta temporada com futebol acima da expectativa: Vágner Love – um atacante guerreiro, técnico, forte, que parece disposto a brigar por cada lance, por cada dividida.
Com ele não teve papinho de readaptação, de 8 rodadas para entrar em forma, “entrar no ritmo”, reacostumar à dinâmica do futebol brasileiro, ao calor do Rio… Nada. Desde o primeiro dia em que voltou ao Flamengo, Love joga bem. Guerreia. Puxa os companheiros. E o mais importante: faz um gol por jogo.
Mesmo nas partidas mais modorrentas desse Estadual longo e cheio de rodadas dispensáveis, Love parece o mais animado da equipe. Pode ser em Macaé, Volta Redonda, no Engenhão vazio… Se falta motivação a alguns, sobra em Love – que, por isso mesmo, passa a ser o melhor exemplo para uma nova geração (hoje, pelo menos, metade do time do Flamengo) que também tem exemplos pouco recomendáveis por perto.
Vêm aí as rodadas decisivas na Libertadores e no Estadual. Pode ser que alguns talentos acordem e voltem a jogar bola. Mas que a torcida rubro-negra não se engane: se o time chegou até aqui, deve isso em grande parte ao moleque de Bangu que veio de Moscou e parece, de fato, amar a Gávea.
Expresso do Esporte
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