Páginas

segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

Jovens talentos do Trairí se destacam em amistoso no Frasqueirão, diante do ABC FC

O ABC jogou, amistosamente, no Frasqueirão, enfrentando a Seleção da região do Trairí(RN), na tarde deste sábado (dia 6), vencendo o visitante por 2 a 0. A maior estrela da festa foi a apresentação do atacante Wallyson, mas a surpresa foi mesmo constatar que o interior tem muitos talentos no estilo bom e barato, quase todos sem clubes para 2018. A equipe do Trairi é formada por atletas (da região) que procuram oportunidades em clubes profissionais.

Bem antes da bola rolar, antes da torcida chegar, a imprensa entrou e fotografou o Frasqueirão, mostrando o belo palco para mais uma boa partida de futebol.
O maior vitorioso do jogo não foi o ABC, mesmo tendo vencido a seleção do Trairí por dois gols. A vitória maior foi a boa visibilidade conseguida pelos jogadores do time visitante. Vários atletas da seleção do Trairi foram bem, tiveram belas atuações e a torcida ficou curiosa! Coube a imprensa procurar e relatar os detalhes dos jogadores do Trairí.
Três nomes foram mais comentados: Ítalo Pantera, Gleidson e Neto Jaçanã. Todos já jogaram nas bases de times potiguares e até mesmo além dos limites geográficos do Río Grande do Norte. Revê-los ou conhecê-los, foi a surpresa dos torcedores que foram ao Frasqueirão.
Gleidson Santa Cruz, também chamado de "o capitão", volante bom no apoio, desarme eficaz e colaborador na evolução de jogadas ao ataque, foi capitão do ABC em todas as categorias (sub 15 até sub 20). Aos 16 despertou interesse no Flamengo (RJ) e recebeu convite oficial. Jogador novo, nasceu em 1995, deu mostras que continua muito bem pois se destacou no amistoso da seleção do Trairí, no Frasqueirão. Qual o motivo de não ter tido oportunidade e sequência no time profissional do ABC? Difícil entender, muito difícil. Gleidson sempre foi um garoto bem comportado fora dos gramados e eficiente nas quatro linhas. É mais um caso onde a comissão técnica da base faz um belo trabalho, mas o departamento profissional não aproveita como deveria. Joga na seleção do Trairí para manter a forma. Está (hoje) no mercado da bola em busca de oportunidade.
Um nome muito comentando foi o camisa 6 da seleção do Trairi, muitos queriam saber seu nome, sua história, trata-se do Neto Jaçanã, um dos bons talentos já produzidos pelo time do Santa Cruz do Inharé. A curiosidade é que o Santinha fez um belo campeonato estadual sub 19, foi vice campeão potiguar em 2015, conquistando a vaga para jogar a Copa São Paulo em janeiro de 2016, mas desistiu alegando problemas de caixa. Neto Jaçanã, sem dúvidas, era um dos bons destaques daquele time vencedor de 2015, equipe que foi considerada uma das melhores equipes já formadas no interior do Rio Grande do Norte, em termos de categorias de base. Comenta-se (até hoje) que se aquele time tivesse ido para a Copinha, muitos jogadores teriam ficado por lá, inclusive o Neto Jaçanã. Hoje, analisando o amistoso do dia 06/01/2018, nota-se que o camisa 6 da seleção do Trairi ainda tem muito chão pela frente, jogou bem, mostrando que o tempo passou, mas continua em forma e com boa qualidade. Ainda é novo, nasceu em 1996, trata-se de mais um jovem talento no mercado da bola, ou seja, está sem clube para disputar o campeonato estadual em 2018.
Talvez você não tenha ouvido falar de Windson, nome comumente pronunciado em sala de aula, mas se falarmos em Ítalo Pantera, talvez fique bem mais fácil. Jogou a Copa São Paulo de Juniores de 2017 pelo Alecrim de Natal, fazendo parte de um vitorioso projeto de reestruturação das categorias de base do verdão da capital potiguar. Foi o capitão do time alecrinense ao longo da temporada. Antes do Alecrim, passou pelo futebol goiano e até mesmo pelo Distrito Federal, época que teve uma passagem pelo Gama. Ítalo Pantera, na Copa São Paulo 2017, ficou, tal qual toda a delegação do Alecrim, em Rio Preto, época em que essa cidade foi sede de grupo na Copinha. Em treinos do Alecrim, até mesmo nos jogos, a comissão técnica do América de Rio Preto convidou o capitão alecrinense a permanecer em solo rio pretense após a competição, constituindo um belo convite e reconhecimento ao atleta Ítalo Pantera, mas, até onde sabemos, não foi liberado pelo clube no qual tinha vinculo profissional, ou seja, o Alecrim deu sinal vermelho ao empréstimo pretendido pelo América de Rio Preto. 
O sinal vermelho para Pantera, para a direção do América de Rio Preto foi em razão da necessidade do Alecrim utilizar o jogador dias depois da Copinha no campeonato estadual do Rio Grande do Norte. Ítalo Pantera nasceu em 1997, trata-se de um jogador novo, mas rodado. O Alecrim está fora do estadual de 2018, mas, se tivesse, certamente Ítalo Pantera estaria no elenco alviverde. Hoje, sem contrato, está livre para jogar em um clube que der a oportunidade.
O futebol brasileiro é o campo dos talentos, mas ainda é carente no quesito aproveitamento dos seus atletas juvenis. Precisamos observar melhor os jovens valores e os clubes profissionais aproveitarem os talentos já lapidados em suas bases. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário